Até chegar a si, a cortiça passou por vários processos, o seu ciclo tem início através da extração da casca aos sobreiros, que se designa pelo nome de descortiçamento, é realizado durante a fase mais ativa do crescimento da cortiça, normalmente durante os meses de maio a agosto.
São precisos 25 anos até que um tronco de sobreiro comece a produzir cortiça e a ser rentável.
A primeira cortiça a ser retirada, a chamada “cortiça virgem”, a chamada desbóia, que é bastante irregular. Desde o primeiro descortiçamento, é preciso esperar 9 anos para que um novo ciclo se complete. O segundo descortiçamento, a que se dá o nome de “secundeira”, obtém-se uma estrutura mais regular.
Após o descortiçamento, cada sobreiro é marcado com a numeração do último algarismo do ano em que foi realizada a extração da cortiça.
Após colhida e cortada sob a forma de pranchas, são transportadas e colocadas em pilhas onde descansam durante seis meses, estas pilhas são contruídas de modo a prevenir a contaminação microbiana e a maximizar a circulação do ar.
O seguinte passo é a cozedura, onde as pranchas são fervidas em água aquecida, de forma a remover qualquer sólido alojado de forma a ficar esterilizada. Ficam empilhadas em repouso alguns dias até poderem ser processadas.
Após este processo, as pranchas são separadas por categorias, tendo em conta o seu objetivo de transformação. A cortiça que não é utlizada para a produção de rolhas, é aproveitada para o fabrico de produtos destinados à moda, transporte, construção civil, entre outros, é a partir do aglomerado composto, constituído pela aglomeração dos granulados de cortiça, que podem também ser misturados com outros materiais, que se adquire uma vasta gama de produtos.
*Informações retiradas in, Associação Portuguesa de Cortiça (https://www.apcor.pt/cortica/processo-de-transformacao/).